terça-feira, 1 de maio de 2018

Hoje pela manhã, só queria colocar essa imagem aí em cima no meu facebook, talvez um vídeo do Antti Kalhola (vale a pesquisa, se você não conhece. Aliás, se você que estiver me lendo existir e não conhecer...) O número, 24, e a sempre óbvia constatação que era um trabalhador morrendo no dia do trabalho, criado ironicamente para lembrar dos que lutaram para que tivéssemos mais descanso e assim reduzíssemos o índice de acidentes de trabalho. Mas acordei com outra imagem:

Os créditos de ambas as imagens são da Globo. O homem de jaqueta chamava-se Ricardo, possivelmente. Seu corpo não foi encontrado, mas, ao que tudo indica, morreu diante das câmaras, cerca de 10 segundos depois dessa imagem.
É estranho notar, o mundo deu 24 voltas em torno do Sol, mas, por algum motivo, a Globo ainda é uma fonte de informações bastante relevante. E pessoas morrem na frente de suas lentes no primeiro de Maio Sei pouco sobre os incidentes de hoje: O incêndio parece ter começado no quinto andar, espalhou-se rapidamente usando os fossos dos elevadores abandonados como chaminés. Alguns moradores saíram e voltaram para ajudar as pessoas que ainda estavam no incêndio. Parece ter sido esse o caso de Ricardo, se esse for seu nome. A estrutura colapsou totalmente, o que demonstra, incrivelmente, um projeto bem feito (se o prédio caísse sobre algum outro, a tragédia poderia ser bem pior). O ex-prefeito e futuro governador deu declarações infelizes, e, nesses tempos, discursos acalorados dividem as pessoas independentemente dos fatos. Sobre o incidente de 1994, é mais fácil falar: Houve uma perda de controle do carro, por conta de ondulações na pista (se elas quebraram a barra de direção ou se apenas impediram que o carro respondesse e a barra quebrou-se depois já foi motivo de bastante discussão), o piloto acionou os freios, mas sobre uma parte suja de asfalto e sem espaço nem material para absorver o choque, causou a forte desaceleração, fatal por sí, e a destruição do carro, que fez um de seus componentes perfurar o crânio e o cérebro do piloto. A morte foi instantânea. O incidente de 1994 marca a participação de Senna em seu último recorde da fórmula 1: Antes dele, Roland Ratzenberger havia falecido na véspera, mas Senna inaugura um período de 20 anos, cinco meses e quatro dias sem acidentes fatais na categoria (até Jules Bianchi, em Suzuka, 2014). Já o incêndio de hoje é precedido de certa forma pelo da Boate Kiss de 2013 (lugares públicos, incêndios de grandes proporções com vítimas fatais). Seria ótimo termos esperança de pelo menos um período longo sem esse tipo de evento novamente...

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